Existe uma palavra que, quando todo brasileiro ouve, fica com medo, tem aquela sensação ruim.
Mas ao mesmo tempo, pouca gente sabe o que realmente significa.
Estamos falando da INFLAÇÃO.
Quem é mais experiente viveu tudo que a inflação representa nas décadas de 80 e 90, inclusive com remarcações diárias de preços com picos de aumento de 235%.
Agora você que passou a fazer compras e pagar contas nesse século talvez não esteja tão familiarizado com o assunto, embora o mesmo também te assuste.
Talvez seja porque a mídia fala de inflação como se anunciasse um filme de terror.
Mas não se o preocupe, hoje vamos falar tudo que você precisa saber sobre o assunto.
Vem comigo.
O que é Inflação?
Basicamente quando a gente fala de inflação estamos falando de um aumento generalizado de preços, quando ocorre uma queda chamamos de deflação.
Mas não significa que a inflação é sempre ruim e deflação sempre bom.
“Como assim, aumentar o preço é ruim”.
Na realidade um pouco de inflação é necessário para o funcionamento da economia, por exemplo, uma inflação de 2% a 3% mantém a economia aquecida, enquanto a deflação pode ser seguida de queda nos salários, desemprego e baixa no consumo.
Como funciona a inflação
Quando o ajuste salarial não acompanha a inflação nós temos uma perda no poder aquisitivo.
Por exemplo o salário mínimo teve um reajuste de 4,1% em 2019, inferior a inflação, que foi de 4,48% no ano.
Isso significa que você, trabalhador brasileiro, precisa trabalhar mais para comprar menos.
Claro que fora do contexto isso é ruim, pois perdemos poder de compra, mas observando o histórico de inflação do Brasil, no contexto geral vemos uma melhoria significativa no controle econômico, mas ainda estamos longe do ideal.
Como citei anteriormente, uma inflação de 2% é saudável para economia, e quanto mais próximos desse número melhor.
Inflação brasileira
Mas e ai, como é calculado esse reajuste de preços?
Nesse ponto que entra o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
O IPCA é um índice calculado pelo IBGE que mede o nível de preços como um todo, tomando por base alguns produtos, uma cesta de bens para famílias que tenha poder aquisitivo entre 1 a 40 salários mínimos.
Vamos ver os grupos que a cesta para o ano de 2020:
Grupo dos transportes 20,8%, guiado pelo aumento dos combustíveis, inclusive do etanol.
Grupo dos alimentos representa 19% da cesta, isso inclui de tudo, industrializados, hortifrúti, carnes, grãos, commodities agrícolas em geral.
Ainda temos o grupo da habitação com 15,2% (materiais de limpeza entram aqui); saúde e cuidados pessoais 13,5% (como por exemplo itens de higiene pessoal); despesa pessoais 10,6% (que incluem produtos de beleza e cuidado com pets); comunicação 6,2%; educação 6%; vestuário 4,8%, e artigos de residência, 4%.
Tomando por base inúmeros produtos que fazem parte de cada grupo, os custos de produção, a logística de entrega, os incentivos aos setores, temos seus preços e os reajustes desses ao longo do ano influenciam o cálculo do IPCA e assim da inflação.
Inflação nos últimos anos
Você percebeu que a maior parte desses grupos e dos produtos que compõe cada um vem do agronegócio?
Pois é, o agronegócio representa cerca de 25% do PIB nacional, é responsável por mais que 46% das exportações do país, estamos falando de um valor médio de 100 bi de dólares ao ano.
Além disso está presente em mais de 60% dos grupos que fazem parte do cálculo do IPCA:
Pensando o grupo dos transportes, a estimativa de produção de etanol gira em torno de 30bi litros, no alimento o setor de carnes produz acima de 60 milhões de toneladas, e ainda podíamos falar dos produtos de limpeza, a indústria têxtil e muitos outros grupos que são completamente dependentes do agronegócio.
Todos esses números nos fazem perceber o papel fundamental do agronegócio para a economia brasileira.
E dentro do nosso tema, sua relevância no cálculo da inflação.
Se o agro vai bem, seu bolso agradece, se é ignorado todo o Brasil sente o peso.
Um setor que precisa de incentivo
Falamos o que é inflação, como ela é calculada, como afeta seu bolso e como o setor do agronegócio está completamente ligado ao impacto disso tudo no seu dia a dia.
Nós precisamos parar de falar e criticar esse setor tão importante para nossa economia e começar a pensar em como ele deve ser incentivado.
Estamos falando de um setor que emprega cerca de 20 milhões de brasileiros.
A partir de incentivos financeiros, tecnológicos e apoio social nós teremos melhorias na produção, maior qualidade e menor preço, fazendo com que você trabalhador, possa enfim, trabalhar menos e comprar mais.
Não apenas isso, no futuro garantir o fornecimento de alimentos e mais geração de emprego e renda no país e no mundo.
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